O NOTÁVEL PROFESSOR DA
GATUNAGEM
Postado por Gilvan Freire as 15:44 h
Não uma
ponta do iceberg (1), mas é grande parte do Iceberg todo que já está à vista no
mar agitado da corrupção que banha o Estado da Paraíba hoje. Quem diria, meu
Deus do céu, que tivéssemos de passar por isso exatamente na época em que o
povo, por maioria estreita de votos, desejou fazer uma experiência nova de
administração pública, a fim de premiar um homem político devotado às causas
populares, que, embora não fosse muito jovem (beirava os cinquenta anos),
achava-se no direito de governar também seu Estado. Foi uma briga paroquial e
burra entre os maiores líderes da província que criou uma brecha por onde ele
se espremeu e passou de fininho.
Mas isso
só interessa ao caso ora enfocado porque é nesta Paraíba alarmada onde acontece
de tudo, exatamente ao contrário do que o povo esperava acontecer. É que o povo
serve para tudo numa eleição, menos para adivinhar as intenções e as fraquezas
de seus líderes. Mas vamos ao que importa agora: uma corrupção monstruosa e
monumental ocorrida há pouco e praticada por um professor ilustrado contra os
recursos do ensino público estadual, destinados a alunos carentes - pobres
filhos de pobres.
O NOME DO
RATO É SCOCUGLIA
Era ainda dezembro de 2011 quando a Controladoria Geral do Estado, atordoada, verificou que o segundo secretário de Educação da Paraíba em poucos meses de governo, recrutado como o primeiro dos quadros da UFPB, gastava montanhosas verbas de sua pasta como um bodegueiro que é dono absoluto de sua gaveta. Já estava um pouco tarde para evitar a consumação do delito que faria sangrar do gavetário do titular da pasta a fantástica quantia de R$ 24.051.344,22. Isso mesmo: 24 milhões e pouco de reais, suficiente para comprar 1000 carros populares. Mas ainda que fosse tarde (grande fração do dinheiro estava ainda em fase de liberação), o Controle Interno mandou o secretário bloquear. O homem desobedeceu e liberou a fábula. O governador o demitiria mais tarde, mas o nomeava Assessor Especial, não antes de obrigá-lo a fazer pelo menos uma Sindicância para amenizar o possível escândalo. Afinal, esse homem saberia muito para receber um prêmio depois de praticar um roubo tão grande.
Era ainda dezembro de 2011 quando a Controladoria Geral do Estado, atordoada, verificou que o segundo secretário de Educação da Paraíba em poucos meses de governo, recrutado como o primeiro dos quadros da UFPB, gastava montanhosas verbas de sua pasta como um bodegueiro que é dono absoluto de sua gaveta. Já estava um pouco tarde para evitar a consumação do delito que faria sangrar do gavetário do titular da pasta a fantástica quantia de R$ 24.051.344,22. Isso mesmo: 24 milhões e pouco de reais, suficiente para comprar 1000 carros populares. Mas ainda que fosse tarde (grande fração do dinheiro estava ainda em fase de liberação), o Controle Interno mandou o secretário bloquear. O homem desobedeceu e liberou a fábula. O governador o demitiria mais tarde, mas o nomeava Assessor Especial, não antes de obrigá-lo a fazer pelo menos uma Sindicância para amenizar o possível escândalo. Afinal, esse homem saberia muito para receber um prêmio depois de praticar um roubo tão grande.
Pois bem,
o governo, generoso e complacente com os vadios, já constatou, amaciando um
pouco, que o superfaturamento foi de 40% com relação aos preços coletados em
João Pessoa, o que deve representar mais de 100% se a coleta for feita junto
aos fabricantes dos produtos entregues (?). Pior, oficialmente está constatado
que os produtos nem de longe correspondiam em qualidade, especificações e
quantidade aos que foram adquiridos. E ninguém se atrevia a dar recebimento
desses materiais nas regiões de ensino, simplesmente porque eles teriam
supostamente chegado aos destinos à noite, de madrugada, nos sábados e
domingos. 13 regiões de ensino do Estado já passaram atestado de como se deu o
latrocínio (sim, porque assaltaram a mais de 1 milhão de alunos e mataram as
sua esperanças num país sério).
Mas isso
pode ser fichinha, pois esse gabiru travestido de educador mexeu com R$
72.000.000,00 (setenta e dois milhões de reais) de verbas públicas e vários
negócios milionários escusos. Está rico. Pobres são os alunos e a Paraíba.
Aguardem.
Vou contar detalhes. Mas, ‘para não dizer que não falei de flores’, anotem o
nome do rato cotó que foi colhido pela ratoeira e deixou o rabo preso:
Scocuglia – Afonso Celso Caldeira Scocuglia. Nessa caldeira estamos todos
queimados. Talvez ele também.
Mas,
porque ele se atreveu tanto?
(1)Iceberg:
Plataformas de gelo que navegam submersas nos oceanos e vez por outra aparecem
na superfície.
Este artigo integrará o futuro livro:
‘PREVISÕES POLÍTICAS DE UM VIDENTE CEGO’
E-mail: gilvanfreireadv@hotmail.com
Fonte: WSCOM
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