Padilha
Bom, liguei pra Padilha, na verdade, Francisco Padilha, 43, funcionário público e colaborador do site wave e revista taking surf, conhecido por aqui como uma bíblia do surf local e o homem que mais divulga o surf PB na imprensa nacional. Ele teve o primeiro contato com o surf há 30 anos, em 1976, no 1º Campeonato de surf organizado na Paraíba. A Baía da Traição era o cenário, famosa pelo mar agitado e por ter a maior reserva indígena da Paraíba. O organizador era Anchieta Maia, hoje dono de um informativo que faz um “social” dos colégios da rede privada. "Na época o surf era um esporte para jovens da elite, filhos das famílias mais tradicionais. As pranchas eram muito caras e tinham que vir do Rio, somente quem tinha grana podia ter uma. Minha primeira prancha tem uma história bem engraçada. Estava na Baía da Traição e aportou um navio escocês perto da costa. Fomos conhecer o navio num barquinho. No navio um dos membros da tripulação pediu para levar um arco e flecha de umas das tribos da região para ele levar como souvenir. Levei e ele me deu em troca uma garrafa de whisky escocês, que troquei por um console de Brasília (aquele carro sobre o qual os mamonas compuseram um de seus maiores sucessos), que foi logo trocado por uma prancha Gledson, monoquilha e cheia de bolhas. O campeão desse primeiro campeonato foi Giuseppe Marques, o Pepe. A revista de comportamento jovem na época mais lida por aqui era a POP, era através dela que ficava-se conhecendo quais eram as principais novidadese e tendências no esporte, moda, música etc. Em 1977, um repórter da revista veio cobrir um campeonato na praia de Cardosa, um praia que fica dentro da reserva indígena da Baía da Traição. Me parece que a Paraíba foi o primeiro estado fora do circuito Rio-São Paulo a aparecer na revista com uma matéria sobre surf", lembra Padilha.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
PADILHA
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Equipe: EDUJORNAL